sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Relatório sobre minha experiência seguindo blogs



Trabalho com Educação a Distância (EaD) desde 2008, e confesso que nunca acompanhei blogs relacionados a essa temática. No entanto, minha experiência em segui-los é grande, visto que já havia notado o quanto o universo dos blogs, a blogsfera, é dinâmico e rico em conteúdos e informações. Informações que estão espalhadas pela rede, mas que são buscadas pelos “blogueiros” e disponibilizadas para as pessoas em seu blog.  Por isso, muitos, quando querem saber sobre um determinado assunto, não procuram mais jornais (em papel ou online): vão diretamente buscar as informações específicas em blogs de sua confiança.
E existem blogs sobre todos os assuntos possíveis, que são criados tanto por pessoas famosas (algum escritor, jornalista famoso, etc.), como por pessoas “comuns”, que nunca teríamos chances de conhecer em nossa vida, mas que de alguma forma acabamos concordando/confiando em suas informações.
Sendo assim, escolhi para seguir durante um mês dois blogs bastante distintos.  O primeiro foi escolhido por ser um dos blogs mais famosos sobre a Educação a Distância, o blog “ Educação a Distância” - www.educacaoadistancia.blog.br/, mantido pelo Instituto EaD Virtual – Ensino e Pesquisa Ltda., um instituto voltado a desenvolver projetos de capacitação profissional nas mais diversas áreas do conhecimento.
Esse blog apresenta conteúdos bastante distintos, a maioria são informações diversas a respeito da Educação a Distância no país: notícias sobre o MEC, notícias de pólos que foram descredenciados, vagas para tutores, etc. Eu diria que é um blog muito interessante se a pessoa quer ficar por dentro de tudo o que está acontecendo relacionado com a EaD. Nesse blog eu participei comentando a postagem: “Aula a distância não é fast food”, que teve mais de 300 postagens. O post falava sobre a Campanha do Conselhos Federal de Serviço Social que compara a educação a distância a uma rede de fast food. Esse foi um dos tópicos atuais do blog mais comentados, por se tratar de um assunto polêmico e que acaba atingindo a formação de milhares de estudantes de Serviço Social que estudam a distância. Acredito que ao ler novas opiniões e conhecendo melhor sobre o assunto, acabei revendo antigas posições que defendia a respeito da situação.
O segundo blog visitado foi: “Políticas de Educação a Distância e Formação de Professores”, da educadora Simone Medeiros (porsimonemedeiros.blogspot.com). Esse blog, diferente do primeiro, possui um caráter mais acadêmico, onde os leitores são chamados constantemente para o debate. As discussões dos posts também são diferentes, muitas vezes envolvendo mais a “educação” e a formação de professores, do que a Ead, no entanto, todas são bastante ricas em conteúdo. Em diversos post são indicados artigos acadêmicos envolvendo a educação a distância. Embora ocorra menos debate nesse fórum (ele é seguido por algo em torno de 200 pessoas), achei interessante acompanhá-lo devido a sua qualidade.
Nesse sentido, acredito que conhecer um pouco mais sobre blogs envolvendo a EaD enriqueceu meu conhecimento a respeito do tema e possibilitou que eu articulasse melhor o conteúdo apresentado nas aulas com a prática/realidade. Foi uma experiência muito válida!
Att.
Débora Geraldi

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Novidades sobre a Campanha "Educação não é fast- food"

          No dia 13/08/2011 o CFESS retirou do ar a Campanha contra os cursos de Serviço Social na modalidade  a distância ("Educação não é fast-food"). No entanto, o CFESS, em conjunto com a ENESSO e a ABEPSS, está preparando sua defesa jurídica, alegando que seu direito a liberdade de expressão, previsto  na Constituição Federal de 1988, não está sendo respeitado.


Segue abaixo a notícia na íntegra:
 
"CFESS: Abaixo a Censura!
Comunicamos a todos/as que a campanha “Educação não é fast-food: diga não para a graduação à distância em Serviço Social” está momentaneamente fora do ar, em cumprimento a liminar proferida pelo juiz da 8ª Vara Federal de Campinas-SP, que determinou o recolhimento imediato de todo o material da referida campanha, sob pena de multa diária. O Conjunto CFESS-CRESS, a ABEPSS e a ENESSO estão preparando sua defesa jurídica e lamentam profundamente que, em uma sociedade democrática, não seja garantida a liberdade de expressão na defesa de uma política pública que viabilize a educação como direito. 
 Avocamos os direitos previstos na Constituição Federal de 1988, que  assegura a plena  liberdade de manifestação e expressão do pensamento SEM CENSURA ( art. 5º, IX). 
Sigamos na defesa da educação pública, laica, presencial e de qualidade!"
 
 fonte: http://servicosocialbrasileiro.blogspot.com/2011/08/cfess-abaixo-censura.html


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

I Seminário Nacional de Tutores da EAD

A ANATED realizará o I Seminário Nacional de Tutores da EAD: "Construindo a Identidade da Tutoria no Brasil" nos dias 30/09 e 1/10/2011, na cidade do Rio de Janeiro.

As inscrições estão abertas.
Para maiores informações visitem o site:
http://www.anated.org.br/seminario2011/inicio/

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Entenda a Campanha " Educação não é fast-food".

Recentemente foi realizada uma campanha contra a graduação a distância em Serviço Social, encabeçada principalmente pelo CFESS (Conselho Federal de Serviço Social). Entenda melhor a Campanha através do seguinte endereço: www.educacaofastfood.com.br



Em resposta a essa Campanha, a ANATED (Associação Nacional dos Tutores da Educação a Distância), conseguiu uma liminar na Justiça Federal, deferida no dia 18/07, que determinou a cessação e o recolhimento de todo material promocional (no entanto, nota-se que o site ainda continua no ar).
Segue abaixo o posicionamento da Associação, que se encontra no blog http://anated.blogspot.com:

ANATED consegue liminar para cessar campanha pejorativa que ataca a EaD


Nossa missão é elevar a qualidade da educação, por meio da ação direta do tutor, na qual temos a certeza que a excelência deste processo passa por nossas mãos. Mas, antes disso, temos que estar em defesa da educação a distância e de todos que nela laboram e se dedicam, fazendo o seu melhor, em especial, os nossos alunos, que neste caso, estavam sendo muito prejudicados. Porém, não é o simples defender por defender e ponto final! Quando se pensa desta forma, inevitavelmente caímos em deslizes, sem que percebamos as falhas e fragilidades que muitas vezes está a um palmo do nosso nariz, sem sequer percebemos.


Afirmamos isso porque queremos estar lado a lado das instituições que apresentem, de maneira séria, consistente e responsável, propostas de melhorias para o nosso sistema educacional, seja ele presencial ou a distância. Mas você deve estar se perguntando agora: aonde estamos querendo chegar?  E a resposta é simples: na campanha promovida pelo conjunto CFESS, cujo slogan é “Educação não é fast-food – Diga não à graduação em serviço social a distância”. Muito bem, sobre este assunto a ANATED já conseguiu uma liminar na Justiça Federal, deferida no último dia 28/07, que determinou a cessação e o recolhimento de todo material promocional e que deverá ser cumprida nos próximos dias.


Excessos a parte da referida campanha (entende-se por excessos: vídeos, material gráfico e spot de rádio com falsas informações), se fizermos uma análise de alguns dos pareceres técnicos emitidos pelo CFESS, veremos que existem críticas construtivas que devem ser acolhidas pelos órgãos fiscalizadores (Secretaria de Regulação e Supervisão do Ensino Superior) e pelas demais entidades ligadas ao setor. Inclusive, algumas delas favorecem a nós próprios, os tutores, que merecem mais respeito no exercício de suas funções. Porém, o que jamais iremos aceitar é que alguém, seja quem for, se utilize de maneira escarnecedora, que segundo o dicionário significa ridicularizar, zombar, mofar, fazer pouco de tutores (profissionais em geral da EaD) e alunos, pelo simples fato de "querer chamar a atenção" para o problema educacional brasileiro. Ora, porque não falar do todo, ao invés de apenas boicotar a EaD? Problemas existem em todos os lugares, mas, francamente, você acha esse "excesso" responsável e correto, ainda mais partindo dessa entidade? Veja como entendeu o juiz federal, da 8ª Vara da Subseção Judiciária em Campinas, que apreciou o pedido liminar formulado pela ANATED, quando se deparou com o material juntado nos autos do processo: "As ilustrações em que – tutor não assistente social – prova virtual – estágio sem supervisão – aparecem, respectivamente, em embalagens de batata fritas, sanduíche e refrigerante escarnecem do serviço e de seus consumidores." E continua sua fundamentação, afirmando que: "O conteúdo em som, reproduzido à fl. 05, e vídeos (fl. 32), têm caráter altamente pejorativo ao ensino a distância em serviço social, abusando da simples crítica à qualidade daquele método. E expõem os consumidores deste método ao ridículo, tratando-os como pessoas de pouca inteligência e discernimento."


Só mais uma coisa que precisamos deixar muito claro: longe de nós querer restringir o direito à liberdade de manifestação do pensamento e da expressão, direitos esses consagrados em nossa Constituição Federal! Apenas temos que lembrar que o mesmo dispositivo legal assegura o direito de resposta proporcional ao agravo e a indenização por dano material, moral ou à imagem (artigo 5º, IV, V e IX). Assim, como bem pontua o juiz em sua decisão, “a Constituição Federal reprime os abusos da liberdade da manifestação do pensamento ou de expressão da atividade de comunicação, da qual a propaganda comercial é espécie”.


Ao finalizar, queremos deixar uma mensagem de apoio aos nossos tutores, os quais são verdadeiros heróis, pelos quais passaram por momentos difíceis diante da veiculação desta campanha. Com trabalho sério e comprometimento os resultados aparecem. E o que dizer então para os nossos alunos, que injustamente se depararam com esta situação embaraçosa, de modo desrespeitoso e desnecessário? Sobre este assunto, veja o que consta no site da Associação Brasileira dos Estudantes de EAD (ABE-EAD): "Em Porto Velho, muitos alunos estão sendo rejeitados para o estágio supervisionado. Ou seja, mesmo o curso estando totalmente legalizado junto ao Ministério da Educação – MEC, alunos EAD sofrem com o boicote por parte de alguns profissionais, se é que podemos chamar essas pessoas de profissionais". Sem palavras...  Portanto, neste momento pedimos o seu apoio e que sejamos todos uníssonos em defesa da educação a distância, com qualidade e sem discriminação.
Postem seus comentários e até a próxima vez.